terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cantareira chega a 13% já com segunda cota do volume morto

Fonte: visualrponline
Apesar de já ser contabilizada, água do volume morto ainda não é captada. Geólogos estudam viabilidade de retirar água de aquífero alternativo para aliviando o Sistema Cantareira e atenuar a crise de água em São Paulo.

O Sistema Cantareira, constituído de seis reservatórios que abastecem de água parte da Grande São Paulo, atingiu ontem o índice de 13% de sua capacidade. Desde a sexta-feira passada, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A. (Sabesp) já contabiliza nesse índice a segunda cota do volume morto do reservatório. O volume extra dá ao reservatório 10,7 pontos percentuais a mais de água disponível para captação.
Essa segunda reserva adicionará 106 bilhões de litros ao sistema que abastece parcela da Região Metropolitana. A Sabesp informa que, apesar de já contabilizar a porção de água, a reserva ainda não está sendo captada. Oficialmente, falta previsão para utilização da segunda cota. Isso só deve ocorrer apenas na hipótese de fim da primeira reserva do volume morto, que tem apenas 2,3% de seu volume.

De domingo para ontem, a queda no índice foi de 0,2 pontos percentuais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não prevê para os próximos dias chuvas volumosas para a região.
 
Fonte: Hypescience
Alternativa no aquífero
Geólogos da Universidade de São Paulo (USP) elaboram um estudo para saber se é possível retirar água do aquífero Guarani para abastecer a região de Piracicaba, aliviando o Cantareira. A proposta é analisar a viabilidade da construção de 24 poços artesianos no município de Itirapina, região Centro-Oeste do Estado, onde o aquífero pode ser acessado de forma rasa.

A análise será apresentada em aproximadamente um mês, ao comitê criado pelo Governo estadual para administrar a crise hídrica no Cantareira. O professor Reginaldo Bertolo, do Instituto de Geologia, explicou que o estudo inclui a simulação, por meio de um modelo matemático, da extração de 150 mil litros de água por hora. “Queremos avaliar se o aquífero suporta essas vazões em longo prazo”, apontou.

A análise baseia-se em um artigo publicado em 2004 por um grupo da Universidade Estadual Paulista (Unesp). De acordo com o trabalho, a região de Piracicaba fica distante cerca de 60 quilômetros em linha reta, o que diminui os custos de um transporte da água direta para a capital. Outra vantagem é que o desnível geográfico entre as regiões de captação e consumo favorece o deslocamento.

Mesmo em fase de pré-viabilidade técnica, Bertolo acredita que essa pode ser uma opção interessante para o abastecimento de parte da região que deveria receber água do Cantareira. Ele destacou, no entanto, que é preciso fazer o uso sustentável dessa água para evitar novas crises. (da Folhapress)

Matéria retirada do site O Povo. Link original aqui


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