Nível do Cantareira não sobe há 222 dias e cai para 9,4%
O nível do Cantareira, que abastece um terço da população da Grande São Paulo
(6,5 milhões de pessoas), teve nova queda nesta segunda-feira (24),
chegando a 9,4%, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo). O índice do sistema não sobe há 222 dias. A última vez que registrou alta foi em 16 de abril.
O nível do Alto Tietê, que fornece água para 4,5 milhões de pessoas,
também caiu, passando de 6,1% para 5,9%. O do Guarapiranga, responsável
pelo abastecimento de 4,9 milhões de pessoas na região, teve queda de
0,1 ponto percentual, chegando a 32,2%.
Matéria original aqui
SP oferece ao Rio "volume morto" de Paraibuna em troca de transposição
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quer criar uma reserva de 162 bilhões de litros de água para oferecer ao governo do Rio como forma de compensar a obra de transposição prevista para a Bacia do Paraíba do Sul.
A expectativa do Estado é de que esse "volume morto" funcione como uma
espécie de "fiador" no processo de aprovação da medida, que visa a
aumentar a capacidade hídrica das regiões metropolitanas de Campinas e
São Paulo.
De acordo com estudo formulado pela Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) em parceria com técnicos da Universidade de
São Paulo (USP), a que o Estado teve acesso, a intenção é reforçar e
aumentar os níveis de garantia do Sistema Cantareira, a partir de uma
obra de interligação entre as Represas Jaguari e Atibainha.
Caso
o projeto de Alckmin, que está avaliado em R$ 830 milhões, receba o
aval da Agência Nacional de Águas (ANA), a Sabesp poderá captar, em
média, 5.000 litros de água por segundo da Bacia do Rio Paraíba do Sul,
dando fôlego ao Cantareira.
A autorização da ANA é necessária porque a Bacia do Paraíba do Sul tem gestão federal. O rio corta Minas Gerais
e São Paulo, onde a água é armazenada na Represa de Paraibuna, na qual
será assegurado o volume morto. Em seguida, corre para o Estado do Rio,
onde posteriormente forma a Represa do Funil.
Na prática, a reserva representa a soma dos litros por segundo que
serão revertidos para o Cantareira ao longo de um ano de transposição
entre os mananciais.
A empresa desenvolveu o projeto segundo
critérios de segurança para o abastecimento e também a geração de
energia - os Rios Jaguari e Paraíba do Sul são usados pela Companhia
Energética de São Paulo (Cesp).
A Furnas, que produz energia
para o Estado do Rio, também usa os mesmos recursos na divisa de
Estados. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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